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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

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Dom | 06.09.15

Filhos doentes ou dicas para mães à beira de um ataque de nervos

bebés com febre
 
 
Há uns dias, e apesar de ainda não ter ido para a creche, a Lara ficou doente.
 
 
Um choro e uma irritação muito característicos e febre, são os primeiros sinais de que algo não está bem.Não tinha sido a primeira febre da Lara, e eu já sabia que as crianças tendem a ficar doentes algumas vezes mas, inconscientemente, temos sempre a esperança e o desejo de que os nossos filhos sejam imunes a tudo, mesmo a uma leve constipação.
 
 
Administrei o supositório da praxe e esperei que a febre, que passava dos 39 graus, passasse. Diminuiu um pouco, a febre e a irritação, mas à noite, voltou com a força toda. Passou um dia, a febre continuava e o apetite diminuía. Continuei a dar os supositórios de 8 em 8 horas, mas a fbre não baixava dos 37,5.
 
 
No segundo dia fomos à pediatra. Laringite e recomendação de dar apenas alimentos desfeitos  e à temperatura ambiente.
 
 
Fiquei mais descansada porque sabia o que ela tinha mas a febre continuou a passar dos 39 e as noites eram bem piores, com a Lara a acordar várias vezes a chorar.
 
 
No quarto dia a febre estava, finalmente, a ceder. Conseguimos chegar ao 37 e deixámos de dar os supositórios.
 
 
Entretanto, durante os dias em que tive que ir trabalhar e deixei a Lara doente com a avó, estava nervosissíma, a ligar de hora a hora para saber se tinha comido, bebido, dormido, chorado... Enfim.
 
 
Quando chego a casa, no fim do dia de trabalho, convencida de que a Lara estaria melhor, encontro-a cheia de borbulhas no corpo todo, como se tivesse varicela. Entro imediatamente em contacto com a pediatra para saber se devo ir ao hospital. Fico a saber que as borbulhas são uma reação à infeção e bastava manter a Lara hidratada que elas desapareceriam por si.
 
 
No dia seguinte, as borbulhas pioraram muito, e estenderam-se às pernas e aos braços. Na cara, e atrás das orelhas, formaram-se grandes manchas vermelhas. A Lara parecia um tigre.
 
 
Três dias depois começam a desaparecer tão depressa como tinham aparecido.
 
 
Portanto a Lara teve 3 dias de febre alta e 3 dias de borbulhas no corpo, resultado de uma laringite.
 
 
Enfim, disto tudo tirei algumas conclusões e aprendizagens que passo a partilhar:
 

 

- Poderia dizer que não devemos entrar em pânico e manter sempre a calma mas, sejamos realistas, isso é um pouco impossível, pelo menos para mães de primeira viagem, como eu.
 
 
Como é óbvio queremos fazer qualquer coisa e, na minha opinião, devemos. Em primeiro lugar, procurar ajuda médica, de preferência do pediatra do nosso filho. Se existir possibilidade telefonar-lhe para tentar perceber se é caso para marcar consulta. Ir ao hospital, a não ser em casos claramente urgentes (como febres acima dos 40)  é evitável. O hospital, cheio de pessoas doentes é um local pouco saudável para levar uma criança que está aborrecida, doente e irritada. Ir diretamente ao pediatra parece-me uma solução muito mais viável por isso, logo que a Lara fica doente sem eu perceber porquê, entro em contacto com a pediatra dela, em quem deposito muita confiança e que, além de ser uma excelente médica, é bastante disponível e atenciosa.
 
 

 - Aprendi que a febre dos bebés mede-se mais facilmente no rabinho. Nunca me tinha ocorrido que fosse mais fácil mas, com a Lara, é. É mais rápido, mais eficiente e a Lara queixa-se menos do que quando tiro a temperatura na axila. Tenho amigas que me dizem que não conseguem desta forma e que o melhor é o termómetro de ouvido (que custa cerca de 40 euros mas vale cada cêntimo em termos de descanso para os pais e bebés). Felizmente não precisei de comprar esse mas ficam a saber que é um bom investimento, caso não os vossos bebés não aceitem bem as medições "mais tradicionais".

 

- A mesma doença pode manifestar-se de formas diferentes em crianças diferentes. Já tinha falado com amigas sobre doenças infantis e nenhuma teve um caso assim, o que me deixou preocupada e me fez recorrer ao "Dr. Google".Nada mais fritante e pouco inteligente. Até podemos ir espreitar ao google (se formos muito masoquistas e nos queiramos enervar e temer doenças horríveis que têm os mesmos sintomas que outras mais simples) mas é o nosso médico que nos vai dar as informações mais corretas sobre o estado do nosso filho. Por isso, mais uma vez, insisto que devemos falar com o médico e manter a calma. Assim que fiquei mais calma, a Lara também ficou. Passei a lidar com ela de uma forma menos ansiosa o que, certamente, a ajuda a sentir-se mais bem disposta e segura.

 

Recuso terminantemente aquela ideia de "ah e tal, não vou chatear o médico, não quero parecer chata e paranóica". Se falar com o médico me ajudar a ficar mais descansada e a passar segurança para a minha filha, falarei com o médico quanto antes. É uma questão de prioridade e de lógica.

 

- Enquanto têm febre, mantê-los sempre frescos, tirando roupa, abrindo a janela, etc. Se estiverem envolvidos em pijamas e cobertores só vão sentir-se ainda pior.

 

- Estar com os nossos filhos tanto quanto possível. Se eles estão doentes e querem colo, é dar-lhes colo e mimos, não doces. Se eles querem estar connosco, deixemos a casa de pernas para o ar, uma torre gigante de loiça para lavar, o que for, os nossos filhos serão sempre mais importantes. Mas isto é evidente não é? Talvez este item seja dispensável. Totalmente. Mas agora também não o vou apagar. :P

 

Pronto, é mais ou menos isso.