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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Qui | 31.12.15

Desejos para 2016

ano novo

 

 Saúde, amor, paz.

 

Isso é o essencial para qualquer alminha ser feliz!

 

Depois gostava de ter uns extras que me iriam dar muito jeito.

 

Organização

 

Tenho que me organizar melhor. Não me faltam ideias e vontade de fazer coisas, tantas coisas... mas preciso de me organizar de uma forma diferente, para fazer metade do que gostaria.

 

Foco

A questão do foco (ou falta dele) faz parte de mim desde que me lembro.

 

Quando me concentro em qualquer coisa os pensamentos começam simplesmente a divergir automaticamente. Começam a surgir na minha mente todo o tipo de ideias nada relacionadas com aquilo que estou a fazer.

 

A minha capacidade de concentração é mesmo muito reduzida.

 

Às vezes penso que isso só lá vai com hipnose. Ou se calhar não, não me consigo concentrar o suficiente para ser hipnotisada.

 

Aprender coisas novas

Adoro aprender coisas novas e, às vezes, acho que tenho vocação de estudante.Gostava mesmo de passar a vida  a estudar. Não coisas práticas ou técnicas. Gosto de teoria. Queria estudar história, filosofia, teoria da cultura, teoria da comunicação, teologia... essas coisas.

 

Fazer teatro ou algo performativo

Queria mesmo tirar um curso de teatro ou fazer alguma experiência parecida. Não tenho procurado por isso porque sou muito tímida e ainda não tive verdadeira coragem mas acho que uma experiência assim iria interessante em muitos aspetos.

 

O bom e o mau disto é que a realização destes desejos depende única e exclusivamente de mim por isso, vamos lá  ver como vai estar a convicção em 2016.

Dom | 27.12.15

Sobre os presentes de Natal e aquilo que realmente (me) importa

Presentes de Natal

 

Ouvi, há uns dias, um homem dizer que quando compramos coisas com dinheiro estamos na realidade a comprá-las com o tempo de vida que utilizámos para ganhar aquele dinheiro.

 

O homem é José Mujica e podem ouvi-lo e vê-lo aqui. Garanto que vale muito a pena ouvir o que este homem para dizer.Para além do básico (a saúde, a paz e o amor) o tempo é aquilo que mais valorizo.

 

Prezo muito o tempo porque preciso dele para pensar, para aprender coisas que não sei, para conversar com pessoas, para ouvir pessoas interessantes, para brincar com a minha filha, para estar com o meu namorado, com os meus amigos e familiares, para estender-me ao sol numa praia, para experienciar coisas novas, para visitar um sítio que não conheço, ou revisitar um que conheço...

 

Poucas coisas me irritam tanto como fazerem-me perder tempo. Chega a irritar-me mais que a estupidez humana.É por isso que não tenho televisão, olho cada vez menos para o Facebook, tento gostar de tudo o que faço e evito ao máximo fazer "fretes".

 

É por isso que gosto cada vez menos da faceta consumista do Natal.

 

Este ano não fui ao centro comercial despachar coisas à pressa.

 

Não o fiz para ninguém. Na verdade nunca gostei de o fazer mas, este ano, decidi efetivamente não o fazer.

 

Este ano, fui comprando os presentes ao longo do ano. Sempre que via algo que achava que alguém ia gostar, comprava.Tentei comprar coisas que achasse que iam resultar em experiências engraçadas e não coisas caras ou impressionantes. Para me ajudar a manter firme a minha decisão muito contou o facto de estar com as finanças numa forma algo... vá, chamemos-lhe minimalista.

 

Para as pessoas para quem não consegui encontrar nada comprável de que gostasse, fiz bolachinhas caseiras.

 

Usei o meu tempo e o meu (discutível) talento culinário para fazer algo para outras pessoas. E sinto que está bem assim. Sinto-me muito satisfeita por não ter andado como uma maluca a comprar uma coisa qualquer só porque existe a "obrigação" de oferecer presentes no Natal.

Sex | 25.12.15

Bolachas de Natal

Este ano decidi fazer alguns dos presentes de Natal: um surtido de bolachinhas caseiras.

 

Juntei-me a duas amigas e cada uma contribuiu com uma generosa dose de talento (modéstia à parte).  

 

Numa tarde de sábado dezenas e dezenas de bolachinhas.Fizemos massas de vários sabores, usámos cortadores diferentes e muita imaginação e criatividade.Foi uma autêntica festa da bolacha.

 

Em breve publico a receita das bolachinhas que ficaram mais saborosas.

 

bolachas

Foto de Magguy Lopes

 

 

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Ter | 22.12.15

Um dia no Parque Terra Nostra

 
Um dos meus locais preferidos na Ilha de São Miguel é o parque Terra Nostra, um jardim botânico com mais de 200 anos, situado no maravilhoso vale das Furnas.
 
O jardim é fantástico e a piscina de água quente, uma das mais extraordinárias do país,  é absolutamente deliciosa!Gosto de lá ir com o tempo frio.
 
Começo por  dar uma volta pelo jardim, parar num cantinho bonito para a merenda, que consiste invariavelmente de um bolo lêvedo fresquinho acabado de comprar e um copo de vinho tinto, e passar uma boas horas a desfrutar da magnífica e relaxante piscina de água quente que fica em frente ao hotel. Agora existe uma piscina mais pequena, no meio do jardim, lindíssima, onde gosto de ir sempre um bocadinho.
 
Tem uns banquinhos de cimento, que nos permitem ficar "de molho" confortavelmente sentados a conversar.
 
É, sem dúvida, uma paragem obrigatória para quem visita a Ilha de São Miguel.Aconselho a levarem chinelos para a piscina, que pode ter o chão um pouco escorregadio. E um fato de banho velho e escuro, que ficará malhado de castanho por causa do ferro presente na água.
 
Para as senhoras de cabelo comprido (e para as outras também) devo avisar que o cabelo, se molhado, ficará muito crespo e com umas rastas naturais muito teimosas.
 
Nada que não saia com umas insistente lavagens mas... é sempre bom saber.Neste momento, a entrada custa 6 euros mas vale o investimento.
 
 
elefante Terra NostraPiscina parque Terra Nostra
A piscina é alimentada por uma nascente de água termal cuja temperatura varia entre os 35 e 40 graus celsius.
Bolo levedo
 
Para o lanche é obrigatório levar bolos lêvedos, típicos das furnas.
 
 
Jardim Terra Nostra Recentemente, fizeram uma piscina nova no parque. É mais pequenina mas muito pitoresca. É capaz de ser mais divertida para crianças do que a maior.
 
 
parque terra nostra 4
 
O jardim é magnífico.
 
 
piscina parque terra nostra
 
A piscina de água quente é um ponto de paragem obrigatória para todos os que visitam as Furnas.
 
 
 Cada zona do jardim tem um encanto próprio. Somos capazes de passar aqui um dia inteiro a absorver a beleza do jardim.
 
 
 
parque terra nostra jardim
Para mim, é o jardim mais bonito de São Miguel.
 
Dom | 20.12.15

Se eu soubesse o que sei hoje

Lara (267) (1) 

 

Tinha sido eu a decidir de que forma queria amamentar a minha filha.Não deixava que me impingissem mamilos de silicone ou de borracha, sem fazer todas as tentativas que achasse necessárias para a amamentar da forma mais natural possível.

 

Sempre que as enfermeiras me fizessem perguntas que eu considerasse inconvenientes como: "Este ovo não é novo pois não?" ou "Qual é a sua profissão?", perguntaria que relevância teria esse pormenor para o bem-estar e saúde da minha filha.

 

Não deixaria que me dissessem que não podia amamentar a minha filha sem ser num local próprio. Isto, quando ela estava a chorar de fome e o "local próprio" ficava algures depois de um labirinto de ruas, demasiado complexo para uma mãe num estado de ansiedade acentuada.

 

Colocaria a minha filha a dormir mais cedo no quarto dela. Assim que a coloquei a dormir no parque, no seu quarto, ela passou a dormir muito melhor. E nós também. Foi com 12 meses, mas podia ser mais cedo.

 

Não gastaria metade do dinheiro em cremes caríssimos para a pele e para o corpo. Não usei nem metade  e tive que deitá-los fora (por causa da validade).

 

Amamentaria com maior regularidade.Tentei seguir a regra de 2 em 2 ou 3 em 3 horas e creio que a minha filha precisava de mamar muito mais. Se fosse hoje, dava de mamar sempre que a Lara quisesse.

 

Comprava menos roupas com antecedência. Principalmente nos primeiros meses em que a roupa deixa de servir em semanas. Comprei coisas que nunca chegou a usar porque, quando lhe serviram, a estação do ano já não era a adequada. Por mais que se queira aproveitar as épocas de saldos, não vale mesmo a pena comprar com tanta antecedência.

 

Compraria intercomunicador mais cedo.Aproveitei um cheque prenda para comprar um, já a Lara tinha 12 meses e fez toda a diferença na minha tranquilidade.Não tinha comprado antes porque achava que, num apartamento pequeno não era preciso , mas era porque passei a ver filmes descansada e a dormir muito mais tranquilamente. Antes, estava sempre alerta a qualquer som o que perturbava grandemente o meu descanso. Devia ter comprado o intercomunicador logo que a Lara nasceu.

Sab | 19.12.15

Amy

Amy

 

Tinha grandes expetativas para o documentário sobre Amy Winehouse, de Asif Kapadia.Há uns tempos vi o "Cobain- Montage of  Heck", de Brett Morgen, que adorei.

 

Por outro lado, Amy Winehouse era tão peculiar e tão intensa  que me parecia muito fácil fazer um filme fenomenal sobre ela. Não aconteceu. Ainda.

 

O filme é um retalho de filmagens caseiras misturadas com notícias de tv que toda a gente conhece.

 

Creio que não vi ali nada que já não soubesse. Pronto, não sabia que era bulímica. Sempre associei a sua magreza extrema às drogas mas foi mesmo a única coisa que aprendi sobre ela.Conheci a Amy Winehouse com o álbum "Back to Black" como provavelmente a maior parte das pessoas. Já tinha ouvido falar dela mas, como me parecia muito comercial, ignorei até a ouvir pela primeira vez por acaso ou por curiosidade (já não me lembro).

 

Adorei! Gostei da voz dela, da música tão despojada de edição e principalmente da interpretação tão genuína e tão intensa.

 

Aquilo era real, era mesmo real. Amy parecia uma daquelas pessoas que não interpretam nada, simplesmente são o que são e colocam tudo o que são no que fazem.  Parecia-me uma daquelas raparigas que se estão a lixar para tudo e todos e, ao mesmo tempo, são extremamente frágeis.

 

Ela merecia, certamente, que a sua história fosse contada de uma forma mais emocional, mais inteligente e mais verdadeira. Ela merecia que a sua história se assemelhasse um pouco mais a ela.

 

Não vou dizer que sei muitas coisas sobre ela porque não sei. Mas gostaria de ter sentido durante uns momentos o que seria estar na sua pele e não senti. Não com este filme superficial e simplista.O filme precisava de um guião em condições. Precisava de se agarrar a uma ideia, a um traço da sua personalidade e explorá-lo de uma forma mais interessante e interessada.

 

Precisava, talvez, de um elemento que funcionasse como um fio invisível que ligasse todas as partes do que foi a sua vida. Um narrador discreto que nos mostrasse a Amy que existia para além do que víamos na tv e nas revistas, a Amy que não conseguia lidar com a fama mas que suportava a sua existência através da música, e do amor conturbado, e do álcool.  A Amy que fazia música como ninguém porque tinha a cabeça recheada de ideias e emoções. Das boas, das intensas, daquelas que geram verdadeira arte mas raramente se dão bem com uma vida longa e saudável.

 

Ela merecia uma homenagem melhor.

 

Não gostei e não recomendo.

Sex | 18.12.15

Um dia inteirinho em casa

Já não me lembro da última vez que fiquei um dia inteiro em casa.

 

Ao fim de semana e mesmo nas férias, não há um dia em que não saia de casa pelo menos para beber um café.Depois que mudámos a disposição dos móveis e do sofá na sala, a minha vontade de ficar em casa mudou completamente. Hoje, por exemplo, não saímos de casa e não tive vontade nenhuma de sair.

 

Acabei por perceber que, só pelo facto de sairmos de casa com uma criança pequena, acabamos por usar umas 3 horas entre o despachar e voltar para casa. Nesse tempo, só uma parte é que é usada verdadeiramente em lazer.

 

Hoje parece que houve tempo para tudo: para ver um filme de manta no sofá, ler, escrever, cozinhar, tratar da roupa, jogar no computador, acabar de colar planetas e estrelas no teto do quarto da Lara, brincar muito, entre tantas outras coisas. Está a ser um dia bem usado, sim senhor.

 

Deixo umas fotos ilustrativas do dia.

 

 

em casa 1

 

Nesta foto não dá para perceber mas, depois da mudança, a sala ficou muito mais ampla e confortável.

 

em casa 3

 

A mesa da sala é também a secretária partilhada, por isso está tão desarrumada.

 

em casa 4

Aproveitei a tarde para ver o documentário "Amy".

 

em casa 2

 

Até o gato ficou feliz com o nosso domingo caseiro.

Qui | 17.12.15

E as dores de dentes a nascer? Quem é que pode?

bebe_dentes

 

A Lara não passou mal com o nascimento dos primeiros dentes, pelo menos que eu tenha dado por isso.Começaram a nascer todos seguidos e, apesar dos primeiros terem sangrado um pouco, nunca notei que tivesse febre ou muitas dores.

 

Com quase 21 meses ainda lhe faltam uns quatro dentes.

 

Há cerca de uma semana ela teve uns ataques de dores e irritação que nos apanharam completamente desprevenidos.

 

Passo a enumerar os sintomas:

- Recusa em comer;

- Baba-se tanto que as camisolas ficam todas molhadas;

- Morde a chucha de forma nervosa;

- Chora compulsivamente enquanto bate com as mãos na cabeça, nos ouvidos e nas bochechas;

- Não dorme.

 

À noite a situação piora bastante. Para além de não dormir, chora durante horas de forma ininterrupta. Faz-me lembrar quando tinha dois meses e muitas cólicas. Na verdade, parece-me ainda pior, porque agora além de chorar, debate-se e reclama mais alto.

 

Por outro lado, desde os 12 meses que a Lara dorme noites inteiras quase todos os dias, pelo que nós já não estamos habituados a noites sem dormir... praticamente nada.Na primeira noite demos um supositório à Lara, que não pareceu fazer grande efeito. Continuou aborrecida e a chorar. Pelas 3h30 da manhã demos outro. Parece que lhe passaram as dores mas não veio o sono. Às quatro da manhã estava cheia de genica para brincar.

 

Um dia depois continuou sem dormir. E nós também. Mas já não achámos necessidade de lhe dar supositório. Como não teve febre e não parecia ter tantas dores não quisemos dar-lhe medicação desnecessária.

 

Na terceira noite, já conseguimos todos dormir umas 4 horas seguidas.

 

Depois foi melhorando gradualmente.

 

Olhando para trás até que não foi tão aterrador mas, no momento, estávamos à beira do desespero.

 

Felizmente temos conseguido controlar o ímpeto de andar com a Lara sempre no médico. Mais uma vez os esclarecimentos da pediatras e as minhas conversas com amigas mais experientes no que diz respeito à maternidade têm ajudado imenso. Diria mesmo que são de um valor inestimável.

 

Como foi com os vossos filhos? 

Ter | 15.12.15

Duas horas em Sintra

Num destes dias fui a Sintra.Aproveitei uma viagem relâmpago a Lisboa para combinar um almoço com uma prima que não via há meses e que dá aulas em Sintra.Como cheguei mais cedo, tive tempo para dar um passeio pela zona histórica da vila.

 

O tempo estava ótimo, com um céu azul brilhante e um clima muito agradável.É impressionante como existe algo fantástico para ver a cada metro quadrado.

 

Eu já conhecia Sintra. Na verdade, nos anos que vivi em Lisboa, Sintra era um dos meus sítios preferidos para ir ao fim de semana. Mas, neste dia foi diferente. Estive mais atenta aos pormenores e às pequenas coisas que habitualmente nos passam despercebidas.

 

Demorei-me mais a contemplar as várias esculturas espalhadas ao longo de extensos metros de passeio. Segui o som de uma flauta bisel até encontrar o senhor velhinho de bigode que a tocava e a jovem turista que apreciava atentamente a música, sentada no muro, debaixo das magníficas árvores características desta zona do país.

 

Demorei-me a apreciar as particularidades de casa canto, de cada loja de artesanato e de cada monumento, plantado à beira da estrada.Almocei com a minha prima, pusemos a conversa em dia e regressei mais feliz para Lisboa.sintra 8

Até a estação de comboios é bonita.

 

sintra 1

Artesanato à venda na rua.

sintra 6 Vista para o Palácio da Vila.

sintra 3sintra 5sintra 7 sintra 4

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