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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Sab | 31.12.16

Coisas (extremamente fofinhas) de irmãs #2

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Dizem que os nossos filhos são os nossos melhores espelhos e já tive muitas oportunidades de constatar isso, nas melhores e nas piores coisas.

 

A Lara imita-nos muitas vezes na forma como lidamos com ela, ou sendo fofinha ou repreendendo outras pessoas ou o gato, como nós fazemos com ela.Bom... nem todos os comportamentos serão uma imitação nossa porque nunca lhe batemos  e ela teve uma fase em que nos batia quando era contrariada - felizmente já passou - mas muitos são, sem dúvida, um reflexo dos nossos.Hoje de manhã o meu "espelho-Lara" foi especialmente querido comigo.

 

Como de costume, ela levanta-se e vem um pouco para a nossa cama. Claro que eu aproveito sempre para a apertar e dar-lhe montes de beijinhos, abraços, festinhas e essas coisas todas que aproveitamos para fazer enquanto os filhos deixam.

 

Entretanto a Maria também acorda e o Milton coloca-a entre mim e a Lara na cama. A Lara fica toda feliz e começa logo a abraçá-la, a fazer-lhe festinhas e a dar-lhe beijinhos tal como eu faço com ela.Opá tão amorosa! A fazer exatamente o que eu faço com ela de manhã.

 

Deixem-me aproveitar isto muito bem antes que comecem a "fase da discórdia entre irmãs". :PPara já, dão-se lindamente e a Lara é super querida com a irmã. Consola ver. :D

Sex | 30.12.16

A minha última sessão de psicoterapia

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Esta imagem representa o tamanho do meu problema na última sessão de psicoterapia que fiz. É uma bolinha pequenina e transparente que pouco ou nada chateia. Ainda por cima está desfocada, é para verem o meu grau de preocupação neste momento. 

 

Nunca tinha procurado ajuda psicológica “à séria”. Tinha feito uns testes psicotécnicos aqui e ali com o apoio de um amigo psicólogo mais por brincadeira do que outra coisa qualquer, e talvez tenha falado uma vez ou duas com a psicóloga da escola secundária a propósito de vocações e temas semelhantes.

 

Desta vez senti que precisava mesmo de dar uma organização na minha cabeça e nas minhas emoções. Tenho duas filhas para criar. Tenho duas pessoas a meu cargo e preciso de fazer bem a minha parte desta tarefa maravilhosa e difícil que é ensiná-las a serem felizes. Não podia fazer isso cheia de ruído na mente.

 

Foi por isso que fui fazer na psicoterapia.


A terapia foi um pouco diferente do que esperava. Funciona com equipas de duas pessoas: uma que estava comigo e outra que estava a observar-me, através de uma câmara, numa outra sala. Achei curioso mas pareceu-me funcionar muito bem.

 

Esta semana foi a última sessão da terapia. A determinada altura a psicóloga pede-me para retirar duma caixa cheia de vários objetos, um que representasse o meu problema. Retirei uma bolinha de plástico transparente. Na verdade, foi a coisa mais discreta que encontrei. É assim que está o meu problema, discreto, tão discreto que muitas vezes nem dou por ele.

 

Isto para dizer que fazer psicoterapia foi um dos melhores investimentos que fiz nos últimos anos! Não sei se funcionará assim com todas as pessoas mas comigo foi fantástico! Depois de cada sessão eu conseguia refletir com toda a clareza na minha vida e na minha forma de estar. Conseguia perceber coisas em que nunca tinha pensado (e eu penso bastante) e alterar de forma muito eficiente o fluxo dos meus pensamentos e sentimentos em relação às coisas que me incomodavam.

 

Às vezes chega a ser chocante percebermos as atitudes que temos de tomar para ser mais felizes. Às vezes aquilo que temos de fazer vai contra tudo aquilo que sempre acreditamos ser o mais correto. Às vezes temos mesmo que admitir que estamos presos a uma série de ilusões inúteis e pesadas.

 

Depois vamos largando os pensamentos e as atitudes nocivas que tínhamos aos poucos, como quem larga uma dependência. Quando dei por isso vi que estava muito mais leve e feliz e, aquelas atitudes que eu achava que precisava de ter para estar em paz e bem comigo mesma, não me fizeram falta nenhuma. Estar bem e mais “despreocupada” tornou-se uma forma de estar, a única possível.

 

É evidente que não estou sempre despreocupada e “zen”. Existem momentos em que existe tensão e ansiedade na minha mente, mas esses momentos aparecem com uma regularidade muito mais saudável e não várias vezes durante o dia e a noite, como acontecia antes.

 

Para mim, tratou-se muito de aceitação. Aceitar que não posso e não devo controlar tudo.

 

Estou numa fase de aceitação tão grande que o Milton está ali a jogar playstation todo contente e eu estou para aqui a escrever, enquanto a cozinha está toda desarrumada e estou a achar ótimo. 

 

Estou ou não estou fantástica?! 

 

 

Qua | 28.12.16

Têm mesmo que fazer isto pela saúde dos vossos filhos.

Little boy and doctor using stethoscope on panda toy


E pela vossa também.

Eu sou muito chata com estas coisas da saúde. Sou mesmo. Sou até um pouco hipocondríaca mas acho que nisto não estou a ser exagerada.

Falo de seguros de saúde. Qualquer um que seja adequado a vós, ao que pretendem e às vossas possibilidades. Façam para os vossos filhos e façam para vocês também.

O seguro que tenho faz parte do meu contrato de trabalho. A seguradora do Milton e das minhas filhas é a mesma. Se assim não fosse, de certeza que tinha seguro de saúde na mesma.

Podia contar-vos muitas histórias sobre o Sistema Nacional de Saúde, em especial sobre o atendimento em serviços de urgência. São histórias minhas e de pessoas que me são muito próximas, histórias que eu sei que são reais porque se passaram comigo ou à minha frente. Mas acredito que quase toda a gente conhece histórias semelhantes ou por terem passado por elas, ou por as verem nas notícias. Não vos conto as histórias mais graves porque não quero expor a privacidade de outras pessoas mas saibam que ter acesso a um serviço médico privado pode salvar-vos, literalmente, a vida.

O problema é que, quando somos atendidos num serviço privado e precisamos de fazer exames e análises, podemos ter que pagar um salário inteiro de uma só vez, ou mais. É por isso que é muito importante ter um seguro de saúde que nos permita ter acesso a serviços de saúde privados a preços razoáveis.

A história que vos conto a seguir não é grave, felizmente.

A minha filha de 2 anos e meio teve uma infeção bacteriana que lhe causou uma faringite e duas otites. Foi à pediatra e ficou em casa durante uma semana.

A Maria, de 5 meses, começou a ficar adoentada poucos dias depois. Uma tosse e uma ranhoca no início. Depois veio a febre. Depois veio a respiração acelerada, a falta de apetite e o abatimento. Era fim de semana e ligámos à pediatra que nos aconselhou a ir ao hospital ver se ela tinha uma bronquiolite e, em caso positivo, fazer vapores.

Assim fizemos.

Já estava medicada para a febre quando lá chegámos e ficou com uma pulseira verde.

Já passava das 22h00 e o hospital estava cheio.

Na sala de espera da pediatria estavam umas 5 ou 6 crianças acompanhadas pelo pai ou pela mãe.

Curiosamente éramos o único casal (se calhar porque só deixam entrar uma pessoa mas, mesmo assim, achei estranho).

Comecei a ver as crianças a serem chamadas e, estranhamente, a regressarem 3 minutos depois. Chegou a nossa vez e o médico disse-me para deitar a Maria e deixá-la de body. Ele viu-lhe os ouvidos e olhou para a barriga dela. Eu falei nas dificuldades respiratórias e ele disse que não estava a verificar dificuldades respiratórias nenhumas. Ele nem a auscultou parece-me, nem lhe viu a garganta e mal lhe tocou. A única coisa que o vi a ver foi os ouvidos e a tocar no peito dela, levemente, com o indicador. Falei nos vapores e ele disse: “Nada de vapores”.

Saí 3 minutos depois de ter entrado com a recomendação de dar supositórios para a febre e voltar se a febre não baixasse em 3 dias.

A sentir-me muito parva por ter ido ao hospital, lá voltei para casa, onde a minha sogra ficou a tomar conta da Lara que ainda estava adoentada.

No dia seguinte fui à pediatra com a Maria. Tinha uma bronquiolite bacteriana e uma faringite.
Já está a tomar antibiótico e a fazer vapores.

Caramba pá!

Vi lá crianças visivelmente mais adoentadas que a Maria que estiveram lá tão pouco tempo como ela. Será que aquelas mães também vão consultar um pediatra ou vão simplesmente aceitar o que aquele médico disse?

Eu sei que os médicos e outros profissionais de saúde têm muito más condições de trabalho. Eu percebo mesmo isso, mas caramba! Estão a lidar com crianças e, muitas vezes, com pais desinformados. Como é que aquele médico nem lhe viu os pulmões e a garganta? Isso era o mínimo a fazer (digo eu, que não percebo nada de medicina).

Como é que aquele homem dorme à noite?

Eu não percebo.

Quando percebi que a Maria tinha bronquiolite nem fiquei zangada com o médico do serviço de urgência. Fiquei chocada e preocupada com todas as crianças (e adultos porque acho que ele nem era pediatra) que são atendidas por ele e confiam que ele está a fazer um bom trabalho. É por isso que escrevo este texto. Porque há mais situações assim. Muitas mesmo. E não posso simplesmente calar-me (e dormir bem à noite).

Não me interpretem mal. Já fui muito bem tratada no hospital, tenho uma médica de família que é uma querida e de quem gosto bastante, e conheço excelente médicos. São mais ou bons do que os que não o são. Não podemos julgar o todo por uma parte. Bons e maus profissionais existem em todas as áreas.

Mas acreditem que, em caso de necessidade, vão querer ter a possibilidade de escolha, de pedir uma segunda opinião, de ter um médico que vos atenda o telefone de noite, ou ao fim de semana e se mostre verdadeiramente interessado nos vossos filhos. Se um dia não forem bem atendidos ou tiverem dúvidas, vão querer ter alternativas.

Por favor, se puderem, façam um seguro de saúde.

Qua | 28.12.16

Sabem aquelas mães que acham que os filhos são a 8ª maravilha do mundo... senão a 1ª?

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Pois.

Aquelas que falam sem parar nos filhos, falam das suas habilidades como se fossem um prodígio e de cada gracinha como se essa informação fosse tornar o dia de quem a ouve muito mais feliz?!

 

Às vezes sou assim. Acho que não sou muitas vezes assim mas existem dias em que ando a sorrir enquanto caminho, como se tivesse um sol brilhante sobre a cabeça.

Passou-se da seguinte forma:

Estava com a Maria no canguru, numa loja de fotografia do centro da cidade. Tinha ido imprimir umas fotos das miúdas para enviar aos meus pais no Natal.

Entretanto apareceram duas senhoras (que julguei serem avó e neta ou mãe e filha) que se meteram com a Maria.

A senhora da loja de fotografia estava a tentar perceber quantas fotos eu tinha – eu estava a envia-las do telemóvel uma a uma – e, às tantas pus-me a conversar com as senhoras sobre as minhas filhas e já nem estava a responder à senhora da loja.

Entretanto fiquei a falar só com a senhora mais velhinha, uma senhora muito arranjada e bem maquilhada que eu julguei ter cerca de 79 anos, 80 e poucos no máximo. A senhora estava a dizer que a Maria era muito querida e que os filhos são mesmo a nossa maior alegria.

A dada altura a senhora diz-me que tem apenas uma filha perto de si, já que os outros familiares estão no Canadá mas sempre se conseguem ver através do computador. E quem são os outros? Ou melhor, quantos são?

Qualquer coisa como isto

- 9 filhos
- 16 netos
- ? bisnetos (não me lembro mesmo quantos são)
-  2 ou 3 trisnetos

 

Trisnetos?!!! Bem… nunca conheci ninguém que tivesse trisnetos. Quase que achei que não era possível conhecer trisnetos.

Foi preciso controlar muito bem os meus impulsos para não pedir à senhora para tirar uma fotografia com ela.

Eu conheci uma trisavó.

Quantos anos teria aquela senhora tão lúcida e tão bem “apessoada”? Não tive coragem de perguntar.

Entretanto não resisti a mostrar-lhe fotos da Lara e por mim, ficaria ali o resto de dia a conversar com esta senhora tão bonita. Estava a sentir-me especialmente tagarela naquela manhã.

Lá nos despedimentos com muitos desejos de saúde e alegria.

Depois deste encontro senti-me mesmo muito feliz. Fiquei com aquela sensação boa de quem teve uma notícia alegre ou de quem se apercebe que o mundo, por vezes, consegue ser um lugar maravilhoso.

Conheci uma senhora bonita e simpática, que andava pelo seu próprio pé, acompanhada talvez duma bisneta – agora acho que a outra senhora, pela idade, devia ser bisneta – que me contou que tinha trisnetos como quem diz uma coisa normalíssima.  

Que orgulho e que felicidade deve ser ver a família a crescer assim! 

A senhora ainda me contou que uma das suas netas tinha sido mãe pela primeira vez aos 48 anos e estava super feliz com a sua filhota de 5 meses.

Que mundo maravilhoso pá! 

Seg | 26.12.16

E, quando vou a dar por isso, já não preciso de perder peso

[caption id="attachment_5628" align="aligncenter" width="847"]Foto do Pinterest Foto do Pinterest[/caption]A Maria tem 5 meses e meio e, numa altura em que já tinha desistido do exercício físico, percebo que já voltei ao meu peso normal. Já consigo enfiar-me dentro dumas calças de ganga 34 e alguns dos meus calções estão-me largos outra vez.

E como é que isso foi?

Nem sei. Exercício físico no inverno é para esquecer. Ainda fiz yoga todos os dias em casa durante muito tempo mas depressa - e com a licença de maternidade a acabar - dei prioridade a outras coisas.Continuo a comer o melhor possível, com uns docinhos uma ou duas vezes por semana e a correr de um lado para o outro para tratar da casa, das miúdas e sair de casa para estar com amigos, ou passear ao fim de semana.Basicamente ando sempre a correr. E, muitas vezes, não tenho aquela disponibilidade que costumava ter para comer coisas perniciosas fora de horas. Sabem aquela sensação de ter que comer algo doce, quando estamos sozinhas em casa e sem nada de especial para fazer? Aquela vontade de comer gelados, chocolates, bolachas e tudo o que aparecer à frente? Pois. Não tenho tido.Acho que é muito pelo que acabei de referir que já voltei ao meu peso habitual. Neste momento tenho que me obrigar a comer bem e a horas, porque estou a amamentar e preciso de energia para me orientar cá em casa com as duas miúdas sem me acabar.Claro que quando o Milton está em casa, faz imensas coisas e trata das miúdas como eu. Ele próprio deve andar meio acabado. :PMas é isso. Só coisas boas. Além da alegria que nos dão todos os dias, os filhos ainda nos ajudam a manter a linha. ;)

Sab | 24.12.16

Lara #13

lara-livros

 

Num feriado de manhã, estou com a Lara e a Maria e preciso que a Lara se entretenha um pouco enquanto dou de mamar à Maria.

 

Então sugiro que a Lara veja uns desenhos animados, talvez o Pluto, que tem sido o que ela mais gosta de ver.Ela diz-me logo que não, não quer ver desenhos animados.

 

Vai buscar vários livros ao baú dos brinquedos da sala e diz que prefere ler. :D

 

Minha rica filha. Sai toda aos seus pais. :D

Sex | 23.12.16

Sim, sou esse tipo de mãe

[caption id="attachment_5586" align="aligncenter" width="680"]livros-maternidade Alguns dos livros sobre maternidade que li.[/caption]O tipo de mãe que devora tudo o que é livros sobre maternidade.Perdi a conta aos livros que li sobre o parto, amamentação, educação, puericultura, os primeiros dias do bebé, os primeiros anos da criança, alimentação de bebés e crianças, educação, educação e mais educação.Os livros sobre maternidade da imagem não correspondem nem a metade do que eu li. Li os calhamaços  do Mário Cordeiro sobre o bebé e sobre a criança (adorei), e todos os outros livros dele que encontrei (me emprestaram).Comprei livros que já li, tive imensos livros emprestados por quatro amigas, e livros que trouxe da biblioteca. Faço parte de grupos de mães no Facebook onde aprendo imenso com a experiência de outras mães, principalmente receitas e dicas de alimentação, sigo mães e famílias fantásticas no Youtube ( recomendo a Fávia Calina e o Tiago e a Gabi), assisto a entrevistas de pediatras no youtube, leio centenas de artigos sobre maternidade em sites e blogues e muitas vezes sinto que não sei nem um décimo do que gostaria.

E então?

E, com isto tudo, e apesar de muitas coisas que li se refletirem automaticamente na minha forma de viver a maternidade, quem mais me ensina a ser mãe são as minhas filhas. Todos os dias.Mesmo numa altura em que pensava que já sabia tanta coisa, a Maria vem trocar-me as voltas e dizer-me que afinal existem 1000 outras formas de fazer as coisas. E se eu tivesse mais 5 ou 10 filhos, cada um deles havia de me ensinar que cada criança é um ser único que exige que tenhamos que redefinir aquilo que sabemos e aprender tudo de novo.A Maria não come como a Lara, não dorme como ela e tão diferente que me fez reconsiderar muitas coisas que tinha como certas. :) E ainda bem que é assim. É um desafio maior mas é infinitamente melhor assim. É isso que torna uma segunda experiência de maternidade uma coisa maravilhosa em si mesma e não uma repetição de uma outra coisa maravilhosa.Ser mãe da Maria não é começar tudo de novo, é viver uma experiência já com alguma bagagem mas com a magia e o fascínio pelo desconhecido intactos. :)

Então é para ler ou não?

Se recomendo a leitura de livros de maternidade? Claro que sim. A leitura com uma mente aberta e com a certeza de que só a experiência e a intuição nos guiarão as ações. Os livros servem para nos abrir horizontes e mostrar diferentes formas de fazer as coisas. A nossa forma de ser mães, temos que aprender sozinhas.Mas, como acredito muito no poder da informação, vou continuar a devorar livros sobre maternidade, e história, e filosofia, e psicologia, e yoga e budismo, e alimentação e tudo o que me apetecer.Dito assim até parece que estou cheia de tempo para ler.  ahahahahah Deixem-me dar aqui umas gargalhadas de louca. :D

Qua | 21.12.16

Só ficamos em casa se choverem baleias!

Pronto, talvez esteja a exagerar um bocadinho mas, de facto, poucas coisas nos impedem de sair de casa para passear.

Vivo com o meu namorado, uma miúda de dois anos e meio cheia de energia e uma bebé de quase seis meses, num T2 no centro de Ponta Delgada. Optámos por viver aqui porque estamos a meia dúzia de passos de tudo: de jardins, do trabalho, da biblioteca, do teatro, do coliseu, do centro comercial, das escolas, do mar e de praticamente todos os sítios que interessam.

 

No verão não custa nada sair de casa. E no inverno - a não ser que esteja a ocorrer uma tempestade de granizo - também não.

 

Antes de ser mãe era muito picuinhas com o frio e ninguém me tirava de casa no inverno. Inverno era sinónimo de maratonas de filmes e séries no sofá, enrolada numa manta e com uma caneca de chá quente ou vinho tinto na mão (vinho no copo não na caneca). Com duas filhas pequenas ficar em casa muito tempo é sinónimo de grande perigo para a sanidade mental de todos. 

 

É quase impensável estar muitas horas seguidas com crianças fechadas em casa. Há mais birras, mais aborrecimento, mais cansaço, mais irritação e todas as consequências que daí resultam para o humor geral.

A genica dos dois anos da Lara exige espaço, ar livre e contacto regular com a natureza e ainda não estamos a modos de resolver isso com um capacete de realidade virtual.

 

Por isso damos passeios regularmente em qualquer altura do ano. E, se antes gostava de "andar de corpo bem feito", com camisolinhas finas mesmo a tremelicar, agora parece que descobri a pólvora, que é como quem diz que com roupa adequada podemos sair de casa e estar perfeitamente confortáveis, em qualquer altura do ano.

 

De modo que, num destes dias de inverno, fizemos um passeio pelo centro da cidade, para ver as decorações de Natal da praxe e depois,na loucura, fomos para o parque da cidade correr pela relva fora (o que também é uma excelente forma de aquecer).

 

Como sou uma pessoa inteligente vesti-me de preto para atrair todo o calor do sol para o corpito - mentira, visto-me sempre de preto - e as miúdas também estavam muito quentinhas e confortáveis. :)

 

Soube mesmo muito bem. Apesar do frio estava um sol delicioso e divertimos-nos muito a perseguir lagartixas, a imaginar diamantes nos minerais das pedras, a apanhar flores do campo, ervas e folhas de várias cores (viva o outono) e a correr e a rebolar pelo chão como sempre quisemos fazer (agora somos pais, portanto qualquer atitude extremamente divertida e desadequadamente infantil está justificada).

A maior parte da roupa que compro para elas - julgo que já referi isso aqui - é da vertbaudet. As roupas são mesmo muito giras e, além disso, a relação qualidade/preço é fantástica! Tenho coisas que eram da Lara, que já foram usadas pela Maria e ainda estão em bom estado para emprestar a outra criança. Sim, porque por aqui praticamos o minimalismo e as roupas, sendo de qualidade, passam para irmãs, amigas e familiares com muita alegria.  :)

A Maria, que não se vê muito porque esteve a maior parte do tempo no carrinho a dormir no passeio ao parque, tem um conjunto de sweat e saruel com pelinho por dentro e a Lara tem um vestido super quentinho, que faz parte de um conjunto com leggings. Uma vezes usa com as leggings, outras com collants e sapatilhas que ela é uma miúda que gosta de variar o outfit.

 

Podem ver a roupinha da Maria aqui e a da Lara aqui.E as fotos possíveis da nossa tarde já de seguida.Boa semana!

 

 

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Ignorem os papos dos meus olhos e concentrem-se no perfil da minha bomboca boa.

 

passeio-72 A Lara ganhou a sua 4ª ou 5ª Minnie da avó. Ela adora cada uma como se fosse a primeira.


passeio-74 A Lara a tentar subir com a Minnie insuflável para o trenó do Pai Natal.

 

passeio-73 A Maria a relaxar, como é habitual.

 

passeio-75 Parámos no Louvre Michaelense para um café e a dose semanal de açúcar. Para a Lara foi um biscoito simples escolhido por ela.

 

no-parque-7 Antes de irmos para o parque da cidade, parámos na Quinta dos Açores.

 

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