Sem falsas modéstias, esta foi mais uma experiência gastronómica extremamente bem sucedida.
O que é que eu posso dizer? Quando a coisa corre mal, e corre muitas vezes, eu sou a primeira a dizer. Por aqui já existiram muitos bolos queimados, comida agarrada ao fundo do tacho, massas cruas e tartes sem sabor.
Mas, também existem receitas muito saborosas e bem sucedidas e são essas que partilho convosco e deixo aqui para eu própria consultar quando é preciso repetir.
Esta tarte de iogurte é o resultado de compras desorganizadas. Sem ter atenção à data de validade, comprei 20 iogurtes naturais. Quando dei por isso, percebi que ia chegar o fim do prazo de validade com muitos iogurtes em casa. Depois de algumas pesquisas encontrei uma receita que levava 4 iogurtes. Perfeito para despachar os iogurtes a mais.
Aquilo ficou com um aspeto douradinho ótimo, como se fosse uma queijada de leite gigante.
Quando provei nem queria acreditar, era mesmo bom!
Como leva uma dose generosa de açúcar (bom, não é assim tanto mas para mim, que faço quase sempre bolos sem açúcar, 300g é demasiado) foi o Milton que comeu praticamente tudo… num dia e meio. Isto é uma grande prova de mérito, porque ele não é nada guloso e, desde que o conheço, só o vejo comer com entusiasmo pudim de feijão.
Cá vai o que interessa, a receita para a bimby.
Quem não tem bimby, pode fazer a receita original que tirei daqui.
Tarte de Iogurte (bimby)
Ingredientes
300 g de açúcar
100 g de farinha
50 g de manteiga amolecida (aqueço 20 segundos no microondas numa taça de vidro)
4 iogurtes naturais
2 ovos
Bater o açúcar com os ovos na bimby na velocidade 4 durante 2 minutos.
Adicionar os restantes ingredientes e bater mais 2 minutos na velocidade 4.
Colocar numa tarteira de silicone (ou numa tarteira normal untada de manteiga e polvilhada de farinha) e levar ao forno pré-aquecido a 180º, durante cerca de 30 minutos ou até ficar dourada por cima
Já vos falei das dificuldades que tive com a amamentação da Maria.
Entretanto tudo se resolveu sem necessidade de lhe dar leite artificial mas confesso que tive umas semanas bastante cansativas, na tentativa de produzir mais leite.
Tomei Promil, bebi chá de urtiga e chá de cardo mariano, bebi imensa água por dia, tentava que a Maria mamasse de 2 em 2 horas (mesmo durante a noite), extraía leite depois de cada mamada, tentava que ela mamasse pelo menos 10 minutos no total, de cada vez, o que me obrigava a constantes mudanças de posição e de ambiente, colocar música, amamentar e embalar ao mesmo tempo e sei lá que coisas mais.
Entretanto ela foi aumentando de peso apenas com a amamentação e, três semanas antes de fazer seis meses, começámos a dar-lhe papa.
Neste momento ela come sopa e fruta ao almoço e papa ao jantar e mama em livre demanda no resto do dia mas continuo a sentir necessidade de produzir bastante leite. Como já comecei a trabalhar e a Maria fica com a avó nas 7 horas que passo fora de casa, tenho que extrair leite para ela beber de manhã, entre a mamada da manhã e o almoço ou, se lhe apetecer, de tarde antes de eu chegar a casa.
Quando os bebés começam a comer sólidos mamam menos e, naturalmente, a produção de leite diminui e passamos a produzir leite apenas quando o bebé mama. O resultado disso é que cada vez que extraímos leite, tiramos cada vez menos. Ora eu preciso de extrair pelo menos 100 a 120 ml de leite para deixar todos os dias à Maria.
O que tenho feito, com bastante sucesso, é extrair leite na hora de almoço, no trabalho, e sempre que a Maria come a papa. Na hora em que ela está a comer, eu extraio o leite. Assim terei tempo de produzir mais até ela ter necessidade de mamar e, ao mesmo tempo, estimulo a produção.
Sempre que extraio leite uma ou duas vezes por dia, noto que tenho muito mais leite. Noto isso sobretudo de noite quando ela mama de um lado e começa logo a sair leite da outra mama. Se é demasiada informação queiram desculpar :).
Não sei se funcionará assim com todas as mulheres mas comigo é o que resulta melhor. Quanto mais vezes extraio leite mais produzo. E nota-se logo, em poucas horas.
E a técnica para extrair leite?
Já usei a máquina elétrica mas doía-me muito por isso experimentei extrair manualmente e agora é sempre assim que faço. É mais prático porque não tenho que andar com a máquina atrás e extraio logo para o recipiente em que vou guardar o leite (uso copinhos de vidro com tampa ou copos de plástico com tampa (daqueles mesmo para guardar leite e comida de bebé).
O aspeto menos positivo da extração manual é a possibilidade de ficarmos com uma tendinite nas mãos. Ao fim de uns dias começamos a ficar com dores nas mãos mas, nada que a prática não resolva.
Ultimamente tem sido difícil conseguir que a Lara se deite a horas.
Todos os dias eu ou o pai temos que ficar um bocadinho deitados com ela e tentar convencê-la a não se levantar.
Numa destas ocasiões, em que ela estava a brincar com a foca da imagem, lembrei-me de agarrar na foca, fazer uma voz muito fininha como se fosse a foca a falar e dizer:
“Larinha estou cheia de sono e gostava muito que me fizesses festinhas e ficasses a dormir comigo na caminha. Agora, por favor, que estou cheia de soninho. Oa papás têm que ir cozinhar para terem almocinho durante a semana e o melhor é ficarmos aqui as duas quentinhas a dormir.”
A Lara ficou a ouvir a “foquinha” muito atenta.
Depois, pegou nela, encostou-a ao meu nariz para eu a ver bem e disse, com uma voz muitoooo fininha:
“Não, não, não. Eu não quero dormir. Quero que a Lara vá ajudar os pais a fazer a comidinha na cozinha.”
A minha filha é mesmo "rapariga".Quando lhe pedimos para fazer alguma coisa que ela considere que não está dentro das suas melhores conveniências, o que responde ela?
a) Não faço nada disso! Não, não e não!
b) Oh mamã, por favor, não quero fazer isso, dá-me lá uma abébia.
c) Não vou fazer nada disso, vou é brincar (desatando a correr para outro sítio qualquer).
d) Amanhã. Faço isso amanhã.
É. É a resposta "d".
Ela não nos quer desiludir de todo e diz sempre que é amanhã e, no dia de fazer, volta a dizer que será amanhã.É de mulher, não é?! :)
