Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Seg | 15.05.17

Dica para controlar as birras

IMG_2788.JPG


Explicar muito bem e muito calmamente, com palavras que as crianças possam entender, o porquê das coisas serem assim e o porquê de não poderem fazer o que querem naquele momento.

Depois, meus amigos, é ignorar o choro e os gritos, caso continuem. Mas, vamos convir, será raro as crianças pararem uma birra logo que lhes damos argumentos válidos e sensatos. Pode acontecer, não digo que não, para aí umas 0,0000001% das vezes.

De modo que é explicar e ignorar. Cá em casa claro.

Por exemplo quando a Lara não quer vestir uma roupa que tem que vestir para a escola. Naquele dia de inverno em que ela quer ir de calções e t-shirt. Explico-lhe as razões da impossibilidade de ir de calções e ela continua a berrar.

Ok, explico-lhe as coisas e asseguro-lhe que berrar não a vai ajudar mas é livre de o fazer. Depois, calmamente, como se nada fosse, visto-a.

Mantenho-me sempre (quando consigo) o mais calma possível, como se ela não estivesse a berrar. Tenho sorte porque ela só berra mesmo, não se põe a espernear e a dar pontapés.

Às tantas os berros tornam-se mais fracos, menos insistentes, até se tornarem uma espécie de zumbido. Às vezes chega a dar-me vontade de rir porque tenho a sensação de quem nem a Lara sabe porque é que estava a chorar.

Até ela se calar não leva muito tempo, uns 2 ou 3 minutos.


E tudo fica bem.

É isso: explicar as coisas, manter a calma e agir normal e assertivamente. Fazer o que temos que fazer, com segurança e convicção, mas sem brusquidão ou ralhos.  Berrar perante uma pessoa calma e impassível torna-se simplesmente ridículo, até eles acabam por perceber isso.

O segredo (e a dificuldade) aqui é mesmo manter a serenidade durante as birras mas, quando conseguimos, é muito compensador e ficamos com a sensação (talvez falsa) de que somos mesmo bons educadores! 

Vá é para compensar aquelas centenas de vezes em que nos sentimos uns incapazes.