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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Seg | 31.07.17

Como é a Maria com um aninho

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A Maria, aos 12 meses, é a menina mais fofa e refilona que se pode imaginar.

Andar não é com ela. Gatinhar também não. A não ser na aranha. Na aranha, faz maratonas inteiras (sempre connosco a vigiar).

Fala bastante: mamã, papá, papa, cocó, caca, bebé, cão, pato, olá, adeus, pé, não, já tá, dá, toma, banana, macaco... Basicamente, ela imita tudo o que tiver uma pronúncia simples e fá-lo praticamente na perfeição.

Achamos que canta, porque entoa ritmos com a voz e fá-los também a bater com as mãos em objetos. Diz: “ta ta tatata” e bate com as mãozinhas ao mesmo ritmo.

Não é muito sociável nem ri muito.  A não ser com a Lara que é a pessoa que mais gargalhadas lhe arranca. A seguir sou eu, quando lhe faço cócegas na barriga e nas perninhas.

Quando fazemos palhaçadas para ela se rir, no máximo brinda-nos com um meio sorriso condescendente, que lhe dá um ar de menina crescida muito cómico. Sai toda ao seu pai.

Em geral ela come muito bem, mas sólidos ainda não é com ela. Só mesmo pão e bolachas.
Já tentámos dar-lhe arroz, carne e batata esmagada mas ela acaba por vomitar tudo o que comeu antes por isso deixámos de insistir.

A dormir é fantástica. É deitar no berço e pronto. Dorme uma sesta de manhã e uma ou duas à tarde e a noite toda. Acorda é antes das 7 horas da manhã. Todos os dias. Mas acorda bem disposta e a tagarelar.

Também dorme muito bem na praia, numa pequena tenda que levamos para ela e para a Lara.

Para além de bater palmas e dizer adeus, manda beijinhos com a mão.


Brincadeiras preferidas:

Tirar e voltar a colocar objetos dentro de caixas;

Abrir e fechar gavetas e armários;

Perseguir a Lara na aranha;

Gosta de brinquedos eletrónicos com luzes e sons;

Gosta imenso de alimentos com velcro (daqueles que se cortam com uma faca de plástico);

 

Supostamente tem o mesmo percentil da Lara com a idade dela mas veste roupa que a Lara vestia com 2 anos e meio.

Não é tão dramática e expressiva como a Lara mas é muito refilona. Se a Lara lhe tira um brinquedo ela bate-lhe logo com a mão. Eu própria já levei umas bolachas numa ocasião ou outra em que estava mais desprevenida.

Quando tem cocó grita até chamar a nossa atenção para lhe mudarmos a fralda. Não me lembro da Lara ser assim.

Quando não fazemos o que quer, grita altíssimo. Nem é chorar ou fazer birra, é mesmo gritar.

Quando os pais saem de perto ou está numa situação desconfortável (quando vê alguém que não conhece ou é colocada num sítio para onde não quer ir), deita-se para a frente, com a testa no chão e começa a chorar de uma forma muito cómica. É um chorinho agudo muito característico que, por ser tão cómico, até dá para rir.

Gosta muito de tomar banhinho e ainda mais se for com a irmã, com quem adora ficar na brincadeira na água. Já praia não é com ela. Nem água nem areia.  Sempre que a tentámos colocar na areaia, começou a chorar. Detesta sentir areia nos pés. Fica muito bem na toalha a ver a paisagem e a irmã a saltitar na areia e a enrolar-se nela até parecer um croquete. Fica ali quietinha a rir e sem se aproximar um milímetro da areia.

Está numa fase muito pegada à mãe (e eu toda babada). Vai ao colo de todas as pessoas que conhece mas vê-se bem que tem uma clara preferência pelo colinho da mãe.

Dom | 30.07.17

Coisas que adoro no verão ou vestidos a 5 euros

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Do facto de precisar de muito pouca roupa.

 

Um vestido e uns chinelos e mais nada. Bom... talvez roupa interior e uma mochila. É quanto basta para sair de casa, seja para ir à praia, seja para ir trabalhar ou sair à noite. Trocam-se os chinelos por umas sandálias e pronto.


Adoro vestidos frescos e versáteis.


Gosto deles em preto mas este ano estou a tentar adicionar um bocadinho de cor, principalmente nos vestidos de praia.


Qualquer um destes ficaria muito bem na minha mala de férias.

Clicar nas imagens para detalhes e preços (e estão em saldos, um deles custa 5 euros... isso mesmo: 5 euros).


 

 

Dom | 30.07.17

As nossas conversas #8

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Somos um casal bastante típico, completamente revelador das diferenças básicas entre o cérebro do homem e o cérebro da mulher.

Eis o cenário:

De manhã, no carro, a caminho do trabalho e depois de termos deixado as miúdas na creche.

Eu: “Blá, blá, blá, blá, blá (banalidades várias)”

Eu: “Blá, blá, blá, blá, blá (coisas do dia a dia várias)”

Eu: “Blá, blá, blá, blá, blá (assuntos domésticos vários)”

Eu: “Blá, blá, blá, blá, blá (considerações filosóficas e existenciais várias)”

Eu: “ E então? Não dizes nada?! Em que estás a pensar.”

Ele: “Estou a pensar em manter-me desviado das pessoas e dos obstáculos da estrada. (A conduzir portanto)”

Sex | 28.07.17

As vergonhas que passamos com os nossos filhos

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Numa bela tarde de domingo decidimos ir beber café e comer um gelado à Quinta dos Açores.

 

 

Um café e um gelado de Queijada da Vila para mim, e um mini cone de gelado de maçã e canela para a Lara.

 

A Lara não quis o gelado que comprámos para ela (ultimamente não anda muito voltada para doces). Perguntámos se queria mais alguma coisa. Não quis.

 

O Milton comeu o gelado que era para ela antes que derretesse.

 

Passado algum tempo diz que quer o gelado. Quando percebeu que o pai o tinha comido pôs-se a gritar.

 

Explicámos que ela é que não quis o gelado e que agora não íamos comprar outro.

Ela começou a dizer que tinha fome.

 

 

Oferecemos tostas que tínhamos trazido para a Maria e para ela. Não quis. Queria era o gelado.

 

Continuou a gritaria.

 

Começou a gritar que tinha fome. Começou a gritar: “Comida!!!!” repetidamente.

 

De modo que fomos embora. E, enquanto íamos passando por todo o espaço cheio de gente, a Lara ia gritando: “Comida!!!!” de forma desesperada, como se estivesse cheia de fome e nós não a estivéssemos a alimentar.

 

Bom… eu e o Milton olhámos um para o outro e começámos a rir às gargalhadas. Sei lá, só me deu para rir, não consegui controlar.

 

Que situação!

 

A miúda a chorar e a gritar por comida e os pais a rir às gargalhadas.

Qui | 27.07.17

Rotina alimentar da Maria aos 12 meses

 

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- 7h30: papas de aveia com fruta
- 11h30:  sopa com carne ou peixe + papa de fruta
- 15h00:  2 iogurtes naturais ou 1 iogurte com fruta ou bolacha
- 19h00:  sopa de legumes + papa de fruta



Algumas considerações

- O leite que bebe é meio gordo, normal, nas papas de aveia caseiras. Vou experimentar dar-lhe leite simples, para ver se bebe. Antes era leite materno até aos 11 meses.

- Os iogurtes são naturais, sem açúcar adicionado.

- Come carne ou peixe na sopa ao almoço mas ao jantar come sopa de legumes, que é o que todos comemos.

- Às vezes come pão, tostas ou bolacha Maria.

Qua | 26.07.17

Gritos, gritos e mais gritos

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E eu que pensava que já me tinha safado sem grandes birras (cuspi para o ar aqui) eis que me deparo com um fim de tarde de intensa berraria.

Fomos buscar a Lara e a Maria quase às 19h00. Estávamos cansados, depois de um dia mais chato, e com um humor menos interessante.

Em casa, era preciso fazer uma cama de lavado (Lara tinha feito chichi), arrumar e lavar roupa, cozinhar o jantar, cozinhar o almoço do dia seguinte e fazer papas de aveia para o pequeno-almoço, dar banho e jantar às miúdas e, na loucura, comermos nós qualquer coisa.

Enquanto o Milton tratava da roupa, eu fazia o jantar e dava um lanche tardio às duas. 

A dada altura, a Lara começou a querer brincar connosco e, dado que não nos disponibilizamos para brincar, ela começou a chamar a atenção como qualquer criança de 3 anos faz: executando disparates.
Um deles foi bater com força nas costas da cadeira de refeições da Maria, enquanto lhe estávamos a tentar dar o jantar (com dificuldade uma vez que ela já estava com sono).

Pedi à Lara para parar uma vez, duas vezes… Ela começou a bater com mais força ainda.
À terceira já lhe pedi para parar com um tom de voz mais elevado e praticamente a descabelar-me toda. Ela começou a gritar estridentemente e acompanhei-a para o quarto, onde poderia gritar sem atrofiar a irmã que também já estava a gritar.

Eu e o pai fomos-lhe explicando que tem que fazer o que dizemos, que não pode estar a bater na cadeira da irmã quando ela está a comer e quando lhe pedimos que parasse, blá, blá, blá.

A Lara a gritar cada vez mais.
Nós a dizermos para ficar sentada na cama até se acalmar.
Ela a bater com força na porta do quarto, e a vir ter connosco a gritar.
Nós cheios de nervos a ignorar depois de lhe explicarmos outra vez as coisas, umas vezes mais calmos, outras vezes já a falar alto também.
Ela a gritar ainda mais. Sentada na cama. A gritar só por gritar, a gritar nem sei bem com que objetivo.

Nós a mantermos a calma como podíamos e a dar o jantar à Maria (pelo menos estávamos em casa).

 

Já era tarde por isso assim que se acalmou, a Lara foi lavar os dentes, fazer chichi e cama, sem mais brincadeira e sem história. Explicámos que não estávamos bem dispostos por isso não ia haver história. Gostávamos muito dela, mas não gostávamos daquele comportamento e por isso estávamos tristes e aborrecidos e sem vontade para contar histórias.

 

Falámos com ela calmamente e a Lara estava envergonhada e queria esconder a cara. Não facilitámos e, com toda a calma, explicámos que deve assumir os problemas e enfrentá-los e que não fazia mal sentir-se aborrecida e envergonhada. Que era bom falar connosco e resolver as suas questões com a tranquilidade possível.

Falámos sobre causas e consequências de comportamentos e de como temos a responsabilidade de assumir os resultados dos nossos atos.

Depois correu tudo bem, ela dormiu e nós pudemos fazer o que tínhamos para fazer e ainda descansar um pouco.

Acho que foi a maior birra que a Lara já fez e, de facto, depois dos 3 anos têm-se acentuado.
Não consigo dizer com certeza porque é que isto aconteceu mas tenho a certeza que poderia ter sido evitado ou pelo menos acalmado de forma diferente.


E de quem é a culpa?

Nossa, dos pais, com certeza.

Se sinto culpa? Um bocadinho, mas não muita. Aceito que existem dias melhores e dias menos bons. Sou uma pessoa, que tenta melhorar todos os dias mas que nem sempre consegue dar o seu melhor. Neste dia certamente que não consegui. Todavia refleti sobre o que aconteceu e posso agora verificar a situação de uma forma mais distante e que me permite ver tudo o que podia ter corrido melhor:


Deixo-vos algumas conclusões a que cheguei (algumas são coisas que pratiquei e outras que devia ter praticado):

- Devemos tentar manter sempre a mesma rotina com os miúdos, pelo menos nos dias de semana. Se mexemos na rotina e andamos desorganizados e nervosos, eles sentem e reagem da mesma forma.


- Se não é possível manter a rotina, pelo menos devemos explicar às crianças como vai ser o dia e porquê. É bom que eles saibam o que vai acontecer e o que esperamos deles.

 

- Sempre que eles requisitam a nossa atenção, é bom parar e baixarmo-nos para falar com eles. É melhor falar com eles naquele momento e evitar que chamem a nossa atenção de outras formas, mais tarde.

 

- Se possível e sem tornar isto uma rotina, podemos coloca-los a ver um bocadinho de desenhos animados enquanto nos organizamos. Não é o ideal mas também não é o ideal ficar sem roupa limpa e sem comida.

 

- Se for hora de comer e a comida não estiver feita, dar um lanchinho leve ou uma frutinha, para que não estejam com fome enquanto esperam pelo jantar.

 

- Apesar das birras, tentar não perder a calma. Arrependo-me sempre quando grito. Creio que não faz mal dizer aos nossos filhos que estamos cansados e com dificuldade de concentração. Gritar com eles deve evitar-se ao máximo.

- E, como é evidente, não bater, não chamar nomes e não culpar os nossos filhos por estarem apenas a ser crianças pequenas porque é isso que, efetivamente, são. Estamos ali para lhes indicar caminhos e para os educar, não para os castigar e culpabilizar por estarmos ansiosos, stressados e aborrecidos.
Acho que posso afirmar que chamar nomes ou bater nas minhas filhas é algo que nunca farei, por mais cansada que esteja (nem nos piores momentos me ocorre qualquer uma dessas coisas), mas também não me orgulho nada das vezes em que levanto a voz e me mostro “descabelada”.

Ter | 25.07.17

Roupa para as miúdas #1

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Aproveitando os saldos ando a fazer compras de roupa para a Lara (para a Maria vou tendo a roupa da Lara).

 

Estamos naquela fase em que já não temos roupa emprestada e é preciso comprar muita coisa.

 

Vou-vos falando disso ao longo dos próximos dias, com dicas para gastar menos dinheiro e comprar roupa gira e versátil ao mesmo tempo.

 

Para já, deixo-vos algumas das minhas peças preferidas para a Lara. :P

Algumas ainda estão com desconto, já não existem é todos os números.

 

Para saber preços e tamanhos disponíveis, clicar nas imagens.


Seg | 24.07.17

Uma praia perfeita nos Açores



Fica na Ribeira Grande, nas piscinas municipais. Sim, é uma praia que faz parte de um complexo de piscinas.


E são piscinas fantásticas: uma enorme para todos, duas de crianças,  uma só para de saltos e a praia, que fica numa pequena baía, rodeada por uma paisagem maravilhosa.

Mal consigo acreditar que nunca ali tenha estado antes!

Fomos este sábado, os quatro, armados com a casa às costas, logo de manhã.

Acho que fomos os primeiros a entrar. Colocámos o chapéu e a tenda na areia e montámos ali o nosso estaminé de mantas, mantinhas e brinquedinhos para a Maria. Ainda bem que trouxemos aquilo tudo porque ela detestou sentir areia nos pés (nem tentámos a água) e passou o tempo todo sentadinha na toalha, a ver a paisagem e a mana a brincar na areia e até dormiu uma bela sesta na tenda.

A Lara, como sempre, divertiu-se imenso. Esteve na piscina, toda destemida com o seu colete a boiar e a saltar, na praia com água até ao queixo, toda feliz da vida, e na areia a fazer castelos, buracos, ou simplesmente a comer areia e a mandá-la ao ar (apesar de estarmos sempre a dizer-lhe para não fazer isso).

E eu adorei aquela praia.

Finalmente, encontrei uma praia sem ondas, onde consigo caminhar e caminhar sempre com pé, e onde posso mergulhar e estar descontraída sem ter medo de levar com uma onda e ficar sem pé.

A única coisa menos interessante da praia é o facto de não ter balneários com água quente, mas de resto é tudo fantástico: tem boas instalações, vários nadadores salvadores e um bar onde é possível fazer vários tipos de refeições ( e onde pude beber um cafezinho logo que cheguei, mesmo ainda estando fechado).

Passámos ali umas horinhas bem boas, sempre com muito protetor solar. À tarde, quando as piscinas começaram a encher de pessoas e quando o calor estava mais forte, fomos embora e a Lara adormeceu no carro de tão cansada que estava.

É, sem dúvida, um sítio onde vale a pena voltar.

 

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Dom | 23.07.17

Tenho cá para mim que andamos a fazer um bom trabalho

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Pelo menos é nisso que quero acreditar.

O que se passa é que a Lara não liga nenhuma a doces.

Até aos 2 anos praticamente não comeu nada com açúcar adicionado (à exceção de bolacha Maria e mesmo assim com muita parcimónia).


Não foi fácil fazer isso e ainda passei por uma ou outra situação menos agradável, como uma vez em que num café lhe deram um chupa chupa (tinha ela 18 meses) e ficaram ofendidos porque eu não a deixei comer (e ela nem estava a insistir porque nem sabia o que era aquilo). Foi aborrecido e dei por mim a ter que passar por uma situação desnecessária de conflito porque queriam decidir o que é que eu devia dar à minha filha. Aconteceram algumas situações desse género e, até aos 2 anos, nunca cedi (mesmo no dia do seu aniversário em que comeu apenas um bolinho sem açúcar que fiz para ela).

O facto é que ela nem pedia. Ela não conhecia e não pedia. Mas as pessoas insistiam que ela seria mais feliz se comesse doces e que eu era uma nazi por não lhe permitir essa felicidade. Não me vou estender mais sobre isso porque já falei muito sobre esse assunto aqui.

A partir dos 2 anos e alguns meses eu e o pai decidimos que, se ela pedisse para comer doces, íamos deixar. Por acaso ela até já tinha pedido para provar cerveja ou vinho (o que nunca fez, obviamente), quando nos via a beber, mas doces não (se calhar porque nunca há em casa).

Sabíamos que, mais cedo ou mais tarde, em festas de aniversário e outros convívios com crianças havíamos de ter alguma situação em que ela pediria para comer doces e achámos por bem deixá-la comer doces uma vez por semana.

E assim tem sido. E, à exceção de um dia em que queria comer smarties de chocolate às mãos cheias, e tivemos de a tirar da sala com uma grande birra, nunca mais tivemos grandes problemas com os doces.

Já provou muitas coisas, sempre com moderação, e nunca existiram exageros ou discussões. Geralmente ela come um bocadinho de gelado, ou um bocadinho de bolo, ou um ovinho de chocolate na páscoa e não passa disso. É raro comer doces todas as semanas. Se calhar come uma ou duas vezes por mês (ou menos).

Continuo a não oferecer doces e faz-me muita confusão quando alguém lhe oferece ou lhe tenta dar à boca. Mexe-me com os nervos.

Nos jantares, quando chega a hora da sobremesa e os doces estão na mesa, ela nunca pede. Não se interessa. Às vezes pede gelado e nós damos e ela acaba por não comer quase nada. Ou diz que não quer e prefere gelatina.

Por isso fico cheia de nervos quando alguém lhe diz: “Mas prova este bolo querida. É bom. Anda cá que dou-te uma colherzinha à boca!”

 Really?!!!! Really, really?!!! Para quê minha gente? Para quê oferecer açúcar a uma criança que, notoriamente, não está interessada?!

Insistimos com sopa, legumes, carne, fruta… não com bolos, não é?!

Digo eu, que sou uma excêntrica.

Isto para dizer que a Lara gosta de pipocas. E, nas festas populares aqui da terra, compramos-lhe um pacote de pipocas (por festa e não por dia).

No outro dia descobri um quiosque de rua que vende pipocas sem nada, nem sal nem açúcar. E comprei-lhe essas.

E ela adorou. Comeu as pipocas com a mesma satisfação com que as comeria doces.

A rapariga não gosta muito de doces. Com quase 3 anos e meio não me pede um gelado, um chocolate ou um bolo.

Se contribuímos para isso com a nossa forma de a educar? Quero acreditar que sim  mas nem sequer é muito relevante. Com a Maria vamos proceder da mesma forma.

Posto isto, para quem estiver interessado, deixo algumas das coisas que fazemos, em jeito de dicas:

- Não temos doces em casa. Não temos porque não comemos. De vez em quando há um chocolate ou outro, mas é raro.

- Também não temos fritos ou snacks pouco saudáveis. Costumamos ter frutos secos, que a Lara come muito bem.

- Não vacilamos quando familiares ou outras pessoas querem oferecer doces aos nossos filhos. Não temos que agradar a ninguém. O que temos que fazer é cuidar o melhor que soubermos da saúde dos nossos filhos. Os nossos deveres são em primeiro lugar para com a saúde dos nossos filhos.

- A partir de uma certa idade (a idade que os pais acharem adequada, pode ser 2, 3 ou 4 anos) não tornar os doces um tabu. Deixa-los provar doces na medida do razoável (para mim rebuçados ou algodão doce é algo um bocadinho impensável mas cada um saberá de si). Se os proibirmos completamente, o resultado é capaz de não ser o que esperamos e podem desenvolver uma relação pouco saudável com a comida. Acredito que se lhes oferecermos só comida saudável até aos 2 anos, eles próprios não terão grande inclinação para outras coisas mais tarde.

- O segredo está no equilíbrio. Comer um bocadinho de tudo. Nós não comemos muitos doces, mas comemos pizza de vez em quando. Fazemos pizza caseira regularmente e fazemos bolos sem açúcar muitas vezes.

É isso. Espero que este texto tenha feito algum sentido para vós.

Como fazem aí em casa. Aceitam-se todas as opiniões e mais dicas. :P

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