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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Sex | 16.03.18

O que é que cada um de nós pode fazer para que o mundo seja um lugar melhor?

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Com as (poucas) notícias que vou vendo do mundo nas Redes Sociais e blogues surge sempre a pergunta: O que é que podemos fazer para mudar o estado do mundo? O que é que podemos fazer para que o mundo se torne um lugar melhor?

Pouco sei sobre lutas e revoltas. Felizmente nunca tive que passar por isso. Respeito muito quem teve esse trabalho por mim. Respeito muito quem lutou para que eu não vivesse numa ditadura, para que eu tenha a possibilidade de votar e a liberdade para o fazer, se quiser.

Sinto-me grata todos os dias por ter comida na mesa, por ter saúde, por viver num país bonito e pacífico. Por ter trabalho e amigos e família.

Mas gostaria muito de fazer alguma coisa para que o mundo fosse um bocadinho melhor para todos.

Por isso eu, que nunca tive que lutar por nada importante para a humanidade, que não faço voluntariado regularmente, que não sou propriamente uma santa ou um ser humano inspirado e extraordinário, faço o melhor que sei, com a esperança que isso, um dia possa fazer diferença no mundo:

- Tento olhar para mim e para as minhas atitudes, com aceitação e senso crítico ao mesmo tempo, e perceber o que é que posso fazer melhor.

- Aceito os meus erros como formas de aprender a ser melhor.

- Amo os meus filhos e as pessoas que me são mais próximas o mais que posso, não só com gestos mas também com palavras. 


- Os meus filhos têm regras e limites e não evito todas as suas lágrimas. Faço o melhor que posso e sei para educar crianças que respeitem o próximo e se façam respeitar.  Os meus filhos sabem que são o mais importante da minha vida mas não o mais importante do mundo. Ensino-lhes que o mundo é uma grande comunidade de pessoas que viverão melhor se existir tolerância e entre ajuda. 
Tento que as minhas filhas aprendam a ajudar o próximo e a pensar em mais do que nos seus próprios umbigos.

Sou aquela mãe que guarda a melhor parte da comida para os seus filhos quando eles não estão a ver mas que os obriga a repartir um bolo com todos (pais incluídos) mesmo que não me apeteça comê-lo.

Não permito que os meus filhos gozem ou menosprezem os outros e tento ao máximo, não o fazer também (não existe outra forma de ensinar senão com o exemplo). 

Cuido de mim e faço por estar feliz a maior parte do tempo. Pessoas felizes são inspiradoras, são alegres e leves, não fazem mal a ninguém nem se ofendem facilmente. Pessoas felizes trocam sentimentos de vingança por empatia e assertividade. Pessoas felizes podem criar pessoas felizes e capazes de mudar o mundo de uma forma positiva. É por isso que (apesar de nem sempre ser fácil) faço da felicidade o meu objetivo de vida.

Não sei se estou a fazer bem. Acredito que sim mas não posso ter a certeza.

Acredito, como dizia a madre Teresa, que o melhor que podemos fazer pelo mundo é ir para casa e amar a nossa família. E quem é amado e aprende a amar não pode ser mau. Não pode participar em guerras ou maltratar os outros.

Por isso, acredito que o que podemos fazer para alterar o mundo é sermos mais felizes. Não conformados com aquilo que podemos mudar, mas felizes. Felizes, conscientes e tolerantes com a diferença.