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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

Ter | 28.02.17

Desaprecio o Carnaval

De todas as comemorações que alguém se lembrou de inventar, o Carnaval é, desde sempre, a que menos me apraz.

 

Não vou dizer que odeio o Carnaval porque não lhe dedico tanto sentimento assim. Mas é uma época que me chateia um bocado e em que prefiro estar em casa ou, tanto quanto possível, bem longe das agitações carnavalescas.

 

Faz-me um bocado de confusão - na verdade chega a dar-me medo - ver uma série de gente de máscara a agir de forma tresloucada como se isso fosse muito engraçado e desejável. Really?

 

Amigos e pessoas em geral que apreciam o Carnaval, nada tenho contra quem aprecia o Carnaval, de todo. As minhas filhas podem vir a apreciar o Carnaval e cá estou eu para ir comemorar com elas se for preciso. Mas lá que me vai custar vai. Não é para mim. É como ir ver uma revista ao teatro, não achar graça e as pessoas olharem para mim e perguntarem constantemente se eu não percebi as piadas.

 

Simplesmente não consigo achar piada.

 

Curiosamente sou pessoa para gostar muito de uma marchinha de Carnaval.  Adoro esta e encontram-me a cantarola-la durante o ano todo.

 

Lembro-me bem da primeira vez que fui a uma festa de Carnaval com amigos, tinha uns 18 anos e não bebia álcool (o que não deve ter ajudado muito). A determinada altura fizeram aqueles comboios geniais e engraçadíssimos - era enfiar dedos nos olhos de quem inventou esses comboios de gente - e eu senti algo parecido com o que deve sentir uma asa de frango num rolo de sushi. 

 

O sentimento perdura até hoje. Com a diferença que hoje tenho mais juízo e ninguém me apanha em folias dessas.

 

 E pronto, cá estou para aproveitar o que o Carnaval tem de bom até para mim: o facto de ser feriado. Posso sempre festejar a alegria passando o tempo a fazer coisas de que gosto, longe de serpentinas e confetis. 

 

 

 

Seg | 27.02.17

Coisas malucas de mulheres #1

Estou a falar de mim, evidentemente.

 

Tenho a mania de aproveitar a hora de almoço para fazer umas compras para casa, assim uma coisita ou outra que faça falta para o jantar ou para o pequeno-almoço: ovos, umas frutinhas, leite, pão ou uns iogurtes. Coisa pouca portanto.

 

Mas o que é que eu, normalmente, faço?

 

Começo a mandar coisas para o cesto como se fosse fazer as compras do mês: quilos de fruta e legumes, vários pães grandes, vários litros de leite, bolachas, duas dúzias de ovos.

 

Isto não seria especialmente problemático se eu não fosse a pé para casa. Está bem que vivo a 7 minutos do trabalho mas são 7 minutos a transportar 20 quilos de mercearia.

 

O plano é ir comprar uma coisita ou outra mas, entusiasmo-me, lembro-me que mais um quilo de maçãs e mais um litro de leite, ou dois, ou três, davam jeito e, quando dou por isso pareço um burro de carga cheia de sacos.

 

É só a mim que acontece isto? 

 

compras.jpg

Olhando assim para os sacos, até parecem poucos e inofensivos mas cada um pesava uns 3 quilos (ou mais).

 

Dom | 26.02.17

Sobre calças de ganga e as pancadas que eu já tive

Uma mulher nunca está satisfeita, é sabido.

 

Quanto a mim já me senti insatisfeita por ser magra, depois por ser gorda, e novamente por ser magra.


E, se já fui magricela, nunca fui excessivamente gorda ou dramaticamente magra.

 

Fui uma adolescente "Olivia Palito", de pernas e rabo magritos. Tinha tantos complexos que vestia 3 pares de collants grossos debaixo das calças de ganga justas, mesmo no verão. Aquilo devia fazer um efeito enchouriçado espetacular mas, na altura, nem pensava nisso. Queria era encher as calças. Não, nunca me deu para por meias no soutien. Isso não fiz. 



Depois dos 14 anos, cresci bastante, para cima e para os lados. Aos 21 deixei-me convencer de que era gorda e emagreci novamente. Foi quando comecei a fazer dietas malucas. Cheguei a pesar 47 quilos.
Andava entre os 50 e os 52 e achava-me sempre gorda (parvoíce gigante, eu sei). Comprava o 32 de calças para me motivar a caber lá dentro um dia (mil vezes parvalhona, eu sei).

 

Depois cresci (mentalmente) e deixei de me preocupar com o peso. Ia oscilando um ou dois quilos pelos 52 e estava bem assim.

 

Eventualmente descobri que as saias e os vestidos aguentavam bem as oscilações de peso e passaram a ser as minhas peças de roupa preferidas. Mas nunca deixei de usar calças de ganga.

 

O problema era encontrar as calças de ganga adequadas para mim. É mesmo difícil comprar calças de ganga!

 

O meu problema é o rabo grande que, na maior parte das calças, faz aquele lindo "efeito fralda" (que é como quem diz que parece que temos uma fralda no rabo a fazer chumaço). 

 

Até que descobri as calças push up da Salsa, que modelam o rabiosque. Já tive várias com este belo efeito e nunca mais comprei outras. 

 

Aqui estão alguns dos meus modelos preferidos.

 

Para verem mais imagens das calças (de frente, de lado, de trás) e mais detalhes, é só clicar nas imagens.

 

Dom | 26.02.17

Fiz um almoço vegan e ele gostou!

 

vegan 7.jpg

 

Há muito tempo que gostaria de me tornar ovo-lacto vegetariana. Tentei uma vez, sem qualquer tipo de orientação, e não deu certo. Obviamente.

 

Agora que julgo perceber mais qualquer coisita de nutrição e saúde, estou a pensar seriamente em alterar, gradualmente, a minha alimentação.  A ideia é comer cada vez menos alimentos de origem animal.

 

Já não como quase nenhuma carne vermelha e pelo menos dois dias da semana são de refeições vegetarianas. Estou, também, a introduzir algumas refeições vegan (sem utilizar nenhum alimento de origem animal).

 

Um dia destes fiz uma salada de quinoa.

 

Confesso que estava cética porque não fazia ideia ao que saberia uma salada de quinoa. Gosto imenso de quinoa mas fria nunca tinha comido.

 

Fiz então salada de quinoa para eu e ele levarmos para o almoço, no trabalho, e foi lá que provei pela primeira vez.

 

Bom... confesso que achei o sabor estranho. Eu não estava, de todo, habituada àquela mistura de sabores. Não posso dizer que tenha desgostado. Tão pouco posso dizer que adorei. Voltei a repetir no dia seguinte e a impressão "imprecisa" manteve-se.

 

O Milton, curiosamente, gostou muito. Disse que ficou agradavelmente surpreendido com aquele almoço vegan.

 

Bom... como não somos todos iguais e não quero colocar aqui apenas as receitas de que gosto, mas sim aquelas que agradaram bastante a alguém, vou deixar-vos a receita.

 

O nome correto é Tabule de Quinoa

 

Ingredientes

1 chávena de quinoa
1/2 chávena de amêndoas
1/2 chávena de sultanas douradas
2 tomates
2 pepinos pequenos
limas ou limões
alho em pó
salsa fresca
pimenta preta

azeite


Lavar bem a quinoa e cozê-la em água e sal durante 15 minutos. Deixar arrefecer.


Torrar as amêndoas (com ou sem pele) no forno, sobre uma folha de alúminio, num tabuleiro, durante 15 minutos, a 150º.

 

Cortar os pepinos e os tomates em cubos pequenos.

Juntar e misturar todos os ingredientes numa taça grande e condimentar com um fio de azeite, sumo de lima ou de limão, e polvilhar com salsa picada.

 

Bom apetite!



Sab | 25.02.17

Cá em casa é 8 ou 80, o meio termo é para fracos

Por aqui é assim: ou andamos todos rotos e esgroviados de cansaço semanas seguidas, ou estamos na boa, descontraídos e descansados como se não tivéssemos duas filhas pequenas.

 

Quando a Maria nasceu e até aos 5 meses, mal sentimos a diferença de serem duas. Ela comia e dormia. Não era uma bebé nada aborrecida e nunca teve as temidas cólicas que, quando a Lara tinha um mês, tornaram a nossa vida num inferno.

 

Depois esteve um mês sem aumentar de peso, mamava mal,  e era o stress de ter de lhe dar de mamar de 2 em 2 horas e o medo dela não querer mamar. Falei disso aqui. Insisti na amamentação, nunca precisou de leite artificial e tudo passou.

 

Depois, veio o eczema atópico (falei disso aqui) e a ansiedade associada à preocupação e a muitas noites a dormir pouco.

 

Foi a fase mais dura que tivémos com a Maria. Atingi níveis de cansaço que nunca senti antes. Andava desconcentrada, nervosa e terrívelmente cansada.

 

Descobri, julgo eu, que o problema principal da Maria (e o meu) era nervoso. Obriguei-me a acalmar e tudo melhorou.

 

E estamos assim: com a Maria a adormecer sozinha de noite ao som de música, a dormir a sesta de uma forma mais ou menos fácil (geralmente na alcofa, onde ainda cabe), a comer bastante bem e sempre bem disposta. 

 

Enfim... cá por casa é assim: ou 8 ou 80, não há cá meios termos. Ou estamos que é um luxo ou miseravelmente cansados. 

 

Para garantir a continuidade do "luxo" tenho feito um bocadinho de yoga e meditação todos os dias. Preciso mesmo disso para manter a boa disposição e a calma durante todo o dia. Isso e dois cafés diários.

Sex | 24.02.17

Uma mãe de duas ainda tem tempo para estas coisas #1

Robyn.jpg

 


Gosto de procurar música na Internet e, quando encontro uma de que gosto, procurar várias versões dela.

 

Se for um remix procuro, em primeiro lugar, o original e depois mais versões.

 

Depois, oiço a minha versão preferida em repeat, e invento um vídeoclip para a música na minha cabeça. Gosto de fazer isso a qualquer hora do dia mas é de manhã, quando vou a caminho do trabalho, de headphones, que a minha cabeça está mais produtiva para estas coisas.

 

Não raramente, subo os 5 andares até ao gabinete onde trabalho a pé para continuar a desenhar o filme da música na minha cabeça durante mais tempo.

 

Esta é das últimas que tenho andado a ouvir.

 

 

O original

 

 

 

 

 

Qui | 23.02.17

Eczema atópico em bebés - O que resultou com a minha filha

Maria fofinha 7 meses.jpg

 

Já tinha falado aqui do facto da minha filha mais nova - a Maria, com 7 meses agora - ter eczema atópico.

 

Ela teve 4 crises seguidas e eu estava a entrar completamente em pânico. 


Apesar de não ser uma doença muito grave é geradora de grande ansiedade nas crianças e nos pais (eu que o diga). A minha filha ficou com a cara, o pescoço e partes do corpo completamente vermelhas e inflamadas, com o aspeto de queimaduras (em alguns sítios ficou com uma espécie de bolha de água com pus), tinha muita comichão, mamava mal, dormia mal e andava muito chorosa e irritadiça.

 

Eu andava extremamente ansiosa e sem saber o que fazer. Sempre que acabava o tratamento com o creme à base de corticóides, as manchas vermelhas voltavam a aparecer e era necessário fazer todo o tratamento de novo e assim sucessivamente. Isto aconteceu 4 vezes seguidas. Achei que nunca mais ia parar.

 

Na última vez que voltámos à dermatologista, foi receitado antibiótico para a Maria e muita calma para mim. Eu e a Maria estávamos com um ar muito cansado e nervoso e a dermatologista disse que era essencial que descansássemos as duas e que a Maria dormisse bastante de dia (o que a iria ajudar a dormir de noite também). Também tive que tirar o meu gatinho de casa (falo sobre isso aqui e aqui.

 

Depois de tudo isto decidi que ia ter que me acalmar mesmo. E foi o que fiz. 

 

Fiz um grande esforço para não entrar em paranóia se a Maria voltasse a piorar, para não me enervar com as birras da Lara e com as coisas que tinha para fazer. Foquei a minha energia na Maria e a evitar que ela chorasse ou ficasse irritada durante todo o tempo em que estava com ela. Quando a Lara e o pai chegassem a casa, dedicar-me-ia mais à Lara e o pai à Maria.

 

Bom... não sei se isto resultará para todos os casos de eczema atópico ou para todas as pessoas, mas o facto é que a Maria começou a melhorar.

 

O que resultou connosco

 

Claro que existiram várias ações que podem ter feito o eczema melhorar: o antibiótico,  a ausência do gato, as sestas durante o dia, a ausência de stress. Mas, estou convencida que a ausência de stress foi a causa principal da melhoria do eczema da Maria.

 

Neste momento a Maria ainda tem manchinhas vermelhas na pele, mas estamos a conseguir controlar com o creme hidratante (que colocamos em todo o corpo todos os dias) e com o tratamento preventivo que consiste em aplicar o corticóide tópico duas vezes por semana, nas zonas que costumam ser mais afetadas. E, claro, muita calma e muita tranquilidade sempre.

 

 

Cuidados que temos sempre


- Dar banhos rápidos, com água morna, apenas 2 a 3 vezes por semana (usamos o gel de banho Atoderm Lavante da Bioderma);

- Hidratamos a pele do corpo todo da Maria, 1 a 2 vezes por dia (usamos Atoderm Intensive BAUME, da Bioderma);

- Não aquecemos demasiado a Maria com roupa e cobertores;

- Tirámos todos os tapetes de casa;

- A Maria não tem peluches;

- Deixámos de usar roupa de lã ou tecidos sintéticos. Só usamos mesmo algodão.

 

 Abaixo, algumas roupas do género que visto à Maria. Tento que sejam de algodão biológico e gosto muito das das vertbaudet que têm um tecido macio, de muito boa qualidade e bastante resistente.

 

 

Qui | 23.02.17

Lara #15

Lara 7.png

 

 

Ao fim de uma tarde de domingo, eu e a Lara estamos no sofá entretidas a fazer colares. 

 

Bom... a realidade é que eu estava a segurar no fio de nylon, enquanto a Lara enfiava as contas, uma a uma, no fio.

 

Aquilo estava a dar-me uma certa soneira e, a determinada altura, acabo por fechar os olhos.

 

"Mãe, o que é que estás a fazer?" pergunta logo a Lara meio zangada.

 

"A mãe estava a descansar a vista." respondo eu.

 

"A mãe não faz isso. Não faz isso." diz ela com um ar muito imperativo.

 

"A Lara não gosta dos olhos fechados, a Lara gosta dos olhos abertos."

 

E, vendo que a mãe já estava meio abananada com tanta falta de ação, a Lara sugeriu que colocássemos as contas a meias, uma eu, outra ela.

 

Melhorou imenso a minha soneira (not).

 

Qua | 22.02.17

Mini panquecas de banana no forno

Mini panquecas.jpg

 

 

Nunca soube fazer panquecas. Faço a massa muito bem (até porque faço na bimby) mas fritar na frigideira não é comigo. 

Ora ficam cruas, ora ficam queimadas. Uma coisa é certinha: desfazem-se sempre e ficam feias que dói.

 

Já fiz imensas tentativas e nenhuma deu certo, pelo que desisti de fazer as panquecas na frigideira.

 

Agora faço-as no forno, e ficam uma maravilha. 

 

Ao fim de semana, eu e a Lara fazemos juntas para o pequeno almoço e ela leva para o lanche da escola também.

 

São excelentes simples e também ficam muito bem com compota sem açúcar, queijo ou simplesmente com canela.

 

Cá vai a receita. Tirei a base da Internet e alterei completamente. :P

 


Mini panquecas de banana no forno (sem açúcar)

 

Ingredientes

250 ml de leite

100 g de farinha integral

2 ovos

2 colheres de sopa de óleo de coco (ou manteiga)

2 bananas bem maduras

1 colher de chá de canela

1 colher de chá de fermento em pó

 

 

Colocar todos os ingredientes no copo e programar, 30 segundos, velocidade 5.

Colocar em  várias formas de silicone pequenas (as minhas eram pouco maiores que a palma de uma mão, mas podem ser maiores), enchendo apenas metade da forma. 

Vai ao forno pré aquecido a 180º cerca de 15 a 20 minutos.

 

mini panquecas de banana.jpg

 

 

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